sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

"Nao podemos se entegrar pro omes"

By Christian Martins

Ontem o pai (Diler) escreveu um texto sobre incivilidade, tema da redacao do vestibular da UFRGS. Ao ler o post e alguns comentarios comecei a refletir sobre o comportamento aqui nos EUA e no Brasil
A pricipal diferenca e que aqui as pessoas sao cobradas, a sociedade de maneira geral toma a inicitiva de fiscalizar. No Brasil e comum nos vermos alguem sentado no banco reservado para idosos e nao dizermos nada. O idoso e capaz de ficar de pe olhando pro sujeito e nao reinvidicar seu direito. Agimos como se nao fosse problema nosso ou nossa responsabilidade tomar uma acao, quando na verdade e.
Aqui nao se fura fila porque a fila inteira vai reclamar e tomar providencias. Lembro da primeira vez que vim aos Estados Unidos no aeroporto em Chicago uma senhora muito bem vestida nao respeitou a fila no balcao de informacoes e acabou ouvindo poucas e boas ate se encaminhar ao fim da fila.
Acredito que o melhor exemplo dessa habilidade da sociedade de se auto fiscalizar aqui esta no sistema de liscenca e regulamentacao de caca e pesca. Eu nunca vi aqui alguem pescando sem ter uma liscenca ou cacando sem ter etiquetas para os animais abatidos, porque os outros pescadores e cacadores fiscalizam. Todos entendem que o dinheiro pago com as liscencas financiam pesquisas das populacoes de animais e reposicao de peixe nos rios. So em um rio do Arkansas este ano foram colocadas mais de 70,000 trutas adultas (nao alevinos). Do ponto de vista do cidadao aqui, permitir-se que alguem sem liscenca pesque no rio e com permitir alguem entrar na sua casa e roubar peixe do seu freezer.
Sempre havera quem diga, mas eu nao vou comprar esta briga, o que adianta eu fazer se ninguem mais faz? Bem, esta e uma resposta que tu teras que achar por ti mesmo. Eu, vou dormir mais tranquilo quando nao me dobro a injustica ou incivilidade.

6 comentários:

chica disse...

Fizeste ótimas considerações e essas diferenças existem mesmo. Aqui é tudo na molezq. Se o idosoreclama, ainda corre o risco de ser , no mínimo, vaiado,rsrsr... É uma cultura que espero, um dia, mude. Tu estás morando aí ou só a passeio? abração,tudo de bom,chica

Anônimo disse...

Excelente a sua argumentação, acredito que você resumiu tudo o que acontece, inclusive, nessa ordem. Somos omissos, passivos, ensimesmados. Não compramos briga nenhuma acerca de nada. E quando o fazemos, somos olhados, observados, vistos com olhar repressor por nossas atitudes, como se fôssemos 'ets' ou então, como se nós é que estivéssemos transgredindo as regras. Isso já me aconteceu mais de uma vez. Mas não desisto e não tenho medo de me expor quando percebo que algo está errado. Meu marido sai de perto temendo o escândalo. Não penso assim! Sei que temos deveres de cidadão e se não os cumprirmos, quem os fará?

Parabéns pelo post!
Ótima reflexão!

Beijos pra ti e pro Diler

DILERMArtins disse...

Mas bah, meu guri.
Mandou bem...
Sempre digo: Os brasileiros têm dificuldade em reconhecer o "bem comum", essas coisas que são pagas com o dinheiro dos impostos, parecem que não são de ninguém, mas são de todos!

Thiago Luz disse...

Ótimo post! só faço uma ressalva: muitas comprar briga, numa sociedade "inculta" como a nossa, pode realmente acabar em briga. O clima anda tão tenso por aqui, que muitas vezes fechamos os olhos para não nos estressarmos. Mas concordo contigo e completando oq seu pai disse, quando há dificuldade em reconhecer o "bem comum" é porque ele já deixou de existir em prol do "bem individual".

Thiago Luz disse...

Um exemplo do que escreveste: uma vez, no supermercado, estrei na fila do caixa rápido (até 15 volumes). Era o terceiro ou quarto na fila. A primeira era uma mulher com um carrinho lotado. Reclamei com ela, sendo apoiado pelas outras pessoas na fila... Mas ninguém falou nada até eu abrir a boca... Enfim, o nosso cotidiano reflete o nosso país. Obs.: ela não saiu da fila, mas levou alguns esporros (aposto como ela não fará mais isso) e depois eu reclamei com o gerente.

Lunna disse...

Eu não sei exatamente o que acontece aqui no Brasil, mas a sensação que tenho é que achamos graça de sermos assim e justificamos que para que fazer algo diferente se todo mundo faz igual. E se aquele não reclama, porque eu vou reclamar?
É aquela questão estranha, a culpa é sempre do outro, nunca nossa.
Espero que essa "cultura" um dia mude e não apenas com relação ao idoso, mas em âmbito geral. Abraços daqui