quinta-feira, 12 de março de 2009

Qual a pior dor?

by César Elias (colaborador do ARteiro) Foto: google imagem


Hoje foi um dia de paradoxos. Pela manhã discutir e estudar a associação de multiplos medicamentos (morfina e mais morfina) para aliviar uma dor lancinante de um paciente oncológico… horas após tratar com palavras e ouvido (muito ouvido! …e um pouco de fluoxetina, claro!) uma dor psicogênica de uma depressiva sem medicação... Já à noite, ao chegar em casa, sentir doer panturrilha e latejar o tornozelo, fruto da maratona diária, solucionada facilmente com a sonhada cama.


Três faces de um polígono de muitos lados.

Eis a cara da dor, companheira eterna de muitos (ou será de todos?).


Às vezes mansa como um pêlo "encravado", noutras colérica como "pedras" no rim… nunca se dá por vencida e apesar dos pesares, insiste, incansavelmente, em tornar penosa a perfeição das nossas vidas. NÃO SE ASSUTE!

Nada que uma cama, um ouvido ou uma morfina não resolvam , TEMPORARIAMENTE.........



Mas afinal, qual a pior de todas as dores?

Aquela que você está sentindo agora!

4 comentários:

Kenia Mello disse...

E a dor do outro sempre parece menor que a nossa...

DILERMArtins disse...

Mas bah, Dr.
Entre o NASCER, a dor do parto e o MORRER, a dor da perda, temos direito ao analgésico da VIDA!
Parabéns pelo texto e Bonfindi!

Anônimo disse...

"Três faces de um polígono de muitos lados".

Estranho o pensamento matemático que me veio ao ler esta frase...
Pensei: tem mesmo muitos lados este polígono ( ops...tem muitas faces...ops...quem sabe tem muitos vértices...).
Acrescenta aí em tua maratona de "dores" sentidas , ouvidas e amenizadas , a dor que Maria sentiu ao ver Seu filho na Cruz, e que mães sentem no coração apertado...Não tem ouvido, não tem morfina...Apenas dói...e a oração ameniza...
Tua sensibilidade ao escrever este texto me emociona...tu sempre me emocionas...
Te amo!
Tua mãe, Regina.

Anônimo disse...

É...de fato a maior dor é aquela que estamos sentido da hora...mesmo que ela não faça sentido algum ou seja sem causa aparente...

Belo texto

Bjss