sábado, 1 de agosto de 2009

Abelha Rainha



A noite foi de festa, oitenta anos da Bisa Lelê! Cumprimos todos os rituais, cantamos parabéns, brincamos e dançamos, levamos presentes, bebemos, comemos salgados e bolo, tiramos muitas fotos, até fizemos um filminho e as minhas filhas fizeram o discurso (uma escreveu e a outra leu). Ficamos muito agradecidos à minha irmã Nené que organizou tudo. Estava lindo!

Hoje amanheci meio que poeta, meio que filósofo, me perguntando quem é essa mulher, minha mãe e dos meus cinco irmão, avó e bisavó? Quem é essa pessoa? Fico me perguntando…Quem é essa que chegou aos 80 ? Essa é a mãe que quando sai de casa, disse: “Vai … Que Deus te proteja e, nunca esquece: Faz aquilo que é certo sem precisar que ninguém mande.” Com essas palavras me apontou o norte e me deu régua, prumo e compasso. Fui construir minha vida…
Lelê, nunca me falou da síndrome do ninho vazio, nem da angústia de assistir meus primeiros voos, pelo contrário, toda vez que eu voltava me abraçava e dizia, “filho como estás bonito, como estás bem”, nem uma queixa, nada…Só os braços abertos; eu podia ir e voltar a vontade! Hoje, quando volto ela diz: “ Ah meu filho a mãe estava saudades…” Assim, como a dizer; “agora que tenho oitenta posso confessar minhas saudades..."
Essa é a Lelê, um exemplo !





O discurso das netas.
Era uma vez uma menina. Ela viveu há muitos, muitos anos atrás, foi a mais singela, doce e pura mulher que já existiu.
Certo dia, um anjo entrou pela janela de seu quarto e lhe fez uma maravilhosa revelação: Ela seria a mãe de Jesus, filho de Deus. Estarrecida, a menina disse a frase mais bela, simples e ao mesmo tempo forte e corajosa já proferida: “Eis-me aqui a serva do Senhor!”, e com essas palavras deu seu sim incondicional à Deus.
Maria não foi apenas a mãe de Jesus, foi e é, mãe da humanidade, exemplo de mulher para todos os seus bilhões de filhos. Doce, amável, silenciosa, orante, pura, dedicada, forte, bondosa, carinhosa, as qualidades são tantas que é impossível listar.
Mas estamos hoje aqui para falar de outra menina, que assim como Maria, é singela, doce e amável como poucas. Chamada Letícia, filha, irmã, amiga, mãe, avó e nos últimos anos, conhecida por Bisa Lelê.
Essa adorável menina tem uma bela história de dedicação, amor e afeto. Boa filha, boa esposa e mãe, criou seus seis filhos com imensa dedicação. Hoje, ainda exerce a arte de ser avó e bisa, como aquelas dos livros, sempre pronta a fazer um carinho ou um agradinho a seus netos e bisnetos.
Quem de nós nunca a ouviu dizendo: tu és a mimozinha da ; ou então: Meu filho como estás bonito; ou ainda: a reza todos os dias por ti.
Caros amigos, hoje com certeza é um dia para comemorar e agradecer à Deus, não só por nossa matriarca, ou abelha rainha, como certa vez , ela mesma se intitulou, estar comemorando 80 anos, de uma vida muito bem vivida.
Mas, também e principalmente, por nós, agraciados pelo convívio com essa menina, termos podido durante todo esse tempo, sentir o amor, a ternura e o carinho de Maria através dessa mulher que é um exemplo de virtude e de amor.
Obrigada!!!

4 comentários:

Cristiane Marino disse...

Puxa que texto fascinante, e a maior beleza dele é que é real. Tocante, emocionante...mexe com a gente, com nossos sonhos, esperanças, lutas... futuro que privilégio hein!

Parabéns, Deus abençõe sua família

Ariana disse...

Puxa, Diler, parabéns à bisa Lelê, e que tenha sido uma noite inesquecível, de muita alegria e comemoração.
É motivo de orgulho e felicidade ter alguém assim por perto. É como se tivéssemos cumprido com a pessoa todo aquele percurso. E digo isso porque a minha avó, que faleceu há pouco tempo, tinha 87 anos.

Beijos e boa semana pra ti

Francisco Sobreira disse...

Dilermano,
Que felicidade pra você e seus manos terem uma mãe assim, que chega aos oitenta, ainda lúcida e, espero, com saúde. Queira lhe dar os meus parabéns por chegar assim a essa idade. Um abraço e uma excelente semana.

Arlete disse...

Para mim ela é aquela irmã, que além de ser a mais velha, sempre que chega perto de mim diz, "como não vou lembrar de ti, tu és como uma filha para mim, ias para cama comigo e o Alcides, ele escolheu o teu nome e te ensinou a caminhar" e é verdade. No fundinho da sua mente estou guardada com carinho e com certeza com muito carinhoe isto é muito especial para, sua lembrança de mim sua irmã mais nova.
Ela foi em toda sua vida uma guerreira, pois seus filhos com certeza foram a coisa mais importante, sempre se submetendo a tudo mas nunca os abandonando.
Dentro da sua simplicidade soube dar carinho a todos que convivem com ela e fazer que mesmo que não estajamos sempre juntos seus ensinamentos nos servem de lições.
Mil bjs e obrigado por tudo que escreveu.