domingo, 9 de novembro de 2008

Afinidade





Como já disse em outro post, sou fã de Raimundo Fagner, há mais de 30 anos acompanho sua obra…
Já dona Verinha, minha querida metade, é fã da poetisa, portuguesa, Florbela Espanca; lê, comenta, divulga…
Brasileiros, na sua maioria, não costumam ler manuais , tão pouco prestam muita atenção nos créditos de discos, CDs, filmes…Eu, pelo menos, “era” assim!
Bem feito! Fiquei anos sem saber que tínhamos mais uma afinidade, eu e Verinha; os versos de Florbela musicados por Fagner:
Do Livro de Soror saudade(1923-1ª edição), Fagner gravou Fanatismo que estourou nas paradas de sucessos em 1981, Florbela, antes conhecida apenas pelos estudantes de letras e apaixonados por poesia, passou a ser cantada em todo o Brasil. Do mesmo livro gravou ainda, Fumo e Frieza. Do livro de Mágoas(1919-1ª edição), gravou Tortura.
Como se diz por aqui, “to mais faceiro que pinto no lixo!”. Pensem bem, com quase quarenta anos de namoro e me aparece uma novidade dessas! Mas bah!
Essa postagem é uma surpresa pra ela! (Verinha)
Costumo dizer que a afinidade é pai e mãe da amizade…Acho que deve ser também, parente do amor!
Fanatismo é sem dúvidas, meu preferido:


FANATISMO

Composição: Florbela Espanca e Raimundo Fagner

Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver
Não és sequer a razão do meu viver
Pois que tu és já toda a minha vida

Não vejo nada assim enlouquecida
Passo no mundo, meu amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida

Tudo no mundo é frágil, tudo passa
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim
E, olhos postos em ti, digo de rastros:

"Podem voar mundos, morrer astros
Que tu és como um Deus... Princípio e Fim"

"Podem voar mundos, morrer astros
Que tu és como um Deus... Princípio e Fim"

Eu já te falei de tudo, mas tudo isso é pouco
Diante do que sinto

Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver
Não és sequer a razão do meu viver
Pois que tu és já toda a minha vida

Não vejo nada assim enlouquecida
Passo no mundo, meu amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida

Tudo no mundo é frágil, tudo passa
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim
E, olhos postos em ti, digo de rastros:

"Podem voar mundos, morrer astros
Que tu és como um Deus... Princípio e Fim"

"Podem voar mundos, morrer astros
Que tu és como um Deus... Princípio e Fim"

"Mas, podem voar mundos, morrer astros
Que tu és como um Deus... Princípio e Fim"

Eu já te falei de tudo, mas tudo isso é pouco
Diante do que sinto

6 comentários:

César Elias disse...

Poesia e música se abraçam como agua e vinho, que unidos viram um só, e por isso mexem tanto com o meu sentir e pensar.

Já o amor é esse 'princípio e fim'... que, temperado pelas poesias e canções, eterniza uma união que de tão afim se torna SEM fim.

Adorei esse Post... parabéns

Anônimo disse...

Adorei o post...Vocês são para mim exemplo de tudo...mas em especial, exemplo de família e amor. Deus permita que eu o "poetinha" subscrito aí a cima possamos após 40 anos encotrar "novas" afinidades entre nós...

Bjos aos meus amados Diler e Verinha..heheheh

Dalva Nascimento disse...

Bom dia!

Estou feliz com tua participação no Interlúdio com Florbela!

Obrigada pelo carinho e pela divulgação!

Bjs.
Flor ♥

Patricia Daltro disse...

Nossa, eu sempre gostei dessa música, também não sabia que era da poetisa Florbela Espanca. Linda poesia, linda música...

Vanessa Anacleto disse...

Ei, obrigada por linkar o Fio!, que bela surpresa.

Eu amo este poema, e outros tantos de Florbela, é uma das minhas escritoras favoritas.

abraço!

Anônimo disse...

Sempre acreditei que o sucesso do casamento está em nunca deixar de ser namorados! Lindo seu Post! Impossível não te admirar! Beijos da mineira!!!