Este poema de Ferreira Gullar, musicado por Raimundo Fagner
me fez comprar, pela primeira vez um disco do cantor,
depois virei fã!
Traduzir-se
Uma parte de mim é todo mundo:
outra parte é ninguém: fundo sem fundo.
uma parte de mim é multidão:
outra parte estranheza e solidão.
Uma parte de mim pesa, pondera:
outra parte delira.
Uma parte de mim é permanente:
outra parte se sabe de repente.
Uma parte de mim é só vertigem:
outra parte, linguagem.
Traduzir-se uma parte na outra parte
-que é uma questão de vida ou morte
-será arte?
(Raimundo Fagner - Ferreira Gullar)
LP - CBS - 1980
6 comentários:
Eu também adoro esse poema...cofesso que não consigo ler ser lembar da melodia do Fagner...heheheh Tabém sou fã...acho que mais por uma questão ganética mesmo...heheheh
Bjss
Boa semana!!
Boa tarde, vim cá conhecer-te e acabei com um sorriso de orelhas (que bom) adoro Ferreira Gullar e esse poema é uma espécie de interpretação da alma. Abraços meus
Ps. Grata por confirmar sua participação no Abre Aspas II
Que poema lindo para se pensar e meditar. Seremos todos nós um pouquinho assim, instáveis e meio perdidos nos caminhos da vida?
Tem um novo texto no http://www.bisavo.blogger.com.br
Apareça, se quiser, ´s claro.
Será muito bem vindo
Boa tarde!
Muito legal o poema... adoro esse jogo de palavras...
Mas me sobreveio uma
dúvida: quem veio antes "Metade - Osvaldo Montenegro" ou traduzir-se?!?
e qual texto é melhor?!?
a resposta da D. Vera eu já sei!! hehehe
abraço
Traduzir-se foi publicado no livro "Na vertigem do dia" em 1980, já Metade é do disco "Oswaldo Montenegro ao vivo" de 1988.
Dil,
eu não comprei o LP, mas tb. fiquei fã do Fagner por causa deste poema...
bela lembrança!
bjs
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