Poder
Ao falar de poder não é minha pretensão apresentar novas definições ao assunto, posto que sobre ele debruçaram-se sábios e pensadores em várias épocas. Busco apenas colocar luz sobre alguns aspectos para criar um curioso paralelo entre o poder e jogo de xadrez.
Poder (do latim, potere) é, literalmente, o direito de deliberar, agir e mandar e também, dependendo do contexto, a faculdade de exercer a autoridade, a soberania, ou o império de dada circunstância ou a posse do domínio, da influência ou da força.A sociologia define poder, geralmente, como a habilidade de impor a sua vontade sobre os outros, mesmo se estes resistirem de alguma maneira.
Xadrez
Uma batalha entre reis hostis, ambos guardados por imponentes falanges a cavalo e a pé, uma luta de morte, jogada dentro de um complexo conjunto de regras e, de preferência, com pompa e prodigalidade de ornamentos; o jogo que redundou no xadrez, chamado Chaturanga era um belo modelo da política do poder em sua terra natal, a Índia central, tem suas primeiras referências no século VII. O xadrez chegou a Europa Medieval, possivelmente através do mundo islâmico via Espanha e Itália. Espalhou-se rapidamente pelo ocidente. Suas regras evoluíram com o tempo, assim como o estilo de suas peças e o próprio tabuleiro que passou a ter casas alteradas branco e preto. Foi somente por volta século XVIII que o Xadrez chegou a forma pela qual é jogado até nossos dias.
O Xadrez e o Poder
É possível estabelecer uma simbologia entre as peças do Xadrez e as várias formas de poder que conduzem o mundo: Rei e Dama o poder político, Bispos o poder religioso, Cavalos o poder bélico, Torres o poder econômico e finalmente peões o poder popular(ou poder social). Não importa se tal simbologia tenha sido planejada ou surgido naturalmente, o fato é que no Chaturanga já se podia estabelecer paralelo semelhante: Rei, elefante, o cavalo e o carro de guerra e peões, respectivamente poder político, religioso, militar e popular. Assim tanto seus inventores, no oriente, quanto seus desenvolvedores, no ocidente, deram ao jogo, proposital ou intuitivamente, símbolos dos poderes de sua época.
ChessGame3D
Imaginei: E se esse jogo fosse concebido nos dias atuais?…Certamente seria um jogo em 3D, disputado em vários níveis… O rei transformado em presidente da ONU ou um outro líder internacional! Sim, mas e a rainha? Bem, a rainha só apareceria numa fase posterior, em que o rei já não tivesse vidas e tomaria seu lugar! É claro ! Pra cada peão coroado uma nova vida para o rei!… E o bispo? Seria um bispo? Um cardeal? Ou seria um pastor? Um orixá, talvez…Ou quem sabe, um rabino? E os aiatolas? E gurus de toda ordem…Melhor passar para os cavalos: Bem ai temos tanques, aviões, mísseis, satélites espiões, submarinos, porta-aviões e todo tipo de armas! O jogo se transformaria numa espécie de guerra nas estrelas! As torres seriam representadas pelo FMI, ou pela Bolsa de NY, ou por uma dessas torres de "trocentos" andares erguidas no meio do deserto ou no centro de alguma metrópole, quem sabe, uma torre de petróleo? Talves uma torre de transmissão de TV ou rádio...Ah! Os peões…Que figura representaria o peão? Um operário, fuzileiro, ativista, estudante, terrorista, atleta, bancário, funcionário público, ou quem sabe um profissional liberal? Sei lá! Acho melhor continuar jogando meu xadrezinho velho de guerra, só por prazer, e deixar de lado essas idéias! Que isso eu POSSO!
Fontes:Wikipédia, Jogos Antigos e Jogos Tradicionais
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